Continue descobrindo aquilo que os teachers gostariam que todo aluno soubesse!
Você perdeu a primeira parte desta série? Clique aqui.
5. “Vou começar no segundo semestre (no ano que vem, quando eu tiver mais tempo, etc)”.
O meme do Chapolin está aí por um motivo: deixe para amanhã e você vai acabar não começando nunca. Pessoalmente, já me arrependi de mil coisas que eu podia ter começado logo que tive a ideia e acabei não fazendo – cursos, dietas, livros… Quem nunca ficou esperando condições “ideais” para começar algo e as tais condições nunca aconteceram? É isso. Aquele seu amigo que começou o inglês semestre passado já pode ir pra Disney e se virar sozinho. E você?
6. “Sou tímido”.
Queria muito ganhar um real para cada:
que ouço dos alunos.
MITO! Claro, as pessoas podem ser tímidas, em maior ou menor grau. No entanto, o que realmente pega é que os alunos tem vergonha DE ERRAR.
Em grande parte das situações das nossas vidas, o erro é considerado algo a ser eliminado – mas, pasmem!, ele é fundamental para o aprendizado (veja mais nesse artigo). A perfeição não é encontrada sequer nos falantes nativos (ou você acerta 100% quando fala português? Nenhuma escorregadela, nenhum gaguejo?), não há motivos para que você não cometa erros falando uma segunda língua. Além do mais, todos na sua sala estão no mesmo barco e, provavelmente, com dificuldades muito parecidas com as suas. Vergonha de falar na frente do professor? Nós temos um ponto de vista muito diferente acerca de erros! Nós os vemos como oportunidades de ensinar melhor (e não, não nos reunimos na sala dos professores para rir dos erros dos alunos – geralmente conversamos sobre onde encontrar a melhor coxinha do bairro, cremes para o cabelo e o que fizemos no final de semana, como todo mortal).
7. “É preciso terminar todo o nível básico antes de conseguir falar alguma coisa”.
Repita comigo: Good morning! (se fala gud mórnin). Repita. Ok. Em dois segundos você já aprendeu a dar “bom dia” em inglês. Isso significa que você já pode falar alguma coisa em inglês.
“Sair falando” é bem mais simples do que as pessoas imaginam. Métodos comunicativos (como o método que uso nas minhas aulas) incentivam o aluno a falar a língua-alvo desde a primeira aula. Meia dúzia de palavras e duas estruturas é tudo o que precisamos em várias situações do nosso cotidiano. E o mais importante: você não aprende a andar de bicicleta lendo um livro, mas pedalando, certo? Com línguas não é diferente. Aprendeu a dar “bom dia”? Use.
8. “Aprender inglês é demorado”.
Depende! Depende da finalidade que o inglês terá para você, depende de quanto contato você terá com a língua, depende do método que você utiliza. E, não, não existem milagres. O que existe é o dimensionamento correto das suas necessidades , além da escolha de um método e frequência de aulas adequadas para seu tipo de aprendizagem (converse com um professor habilitado). Além disso, inglês não é medicina: você vai aprendendo gradualmente e pode (deve!!) usar enquanto aprende – não existe um ponto em que você “magicamente” passa a falar inglês.
9. “O método X é melhor que o método Y”.
Novamente: depende! Existem métodos mais antigos, mais modernos, com focos diferentes, com modos de ver o mundo diferentes. Cada método é bom para uma coisa diversa! Por isso, não se sinta obrigado a continuar em uma escola com um método do qual você não gosta apenas porque disseram que tinham “o melhor” método, ou porque a escola é famosa. Pesquise, converse com alunos de escolas e métodos diferentes, faça uma aula experimental! Escolha aprender da forma como você se sinta mais à vontade!
10. “Está difícil achar um professor nativo”.
Cuidado! Um falante nativo não é sinônimo de um bom professor. Em primeiro lugar, independente de origem, o professor de inglês, como qualquer outro, deve realmente ser professor – isso inclui não só falar uma língua, mas ter conhecimentos de didática, metodologia, psicologia, além de outros tópicos relacionados. Certifique-se de que você está contratando um professor (ou uma escola que empregue professores) de fato. Pense por um segundo: por onde você começaria a ensinar o português? Como faria? É!
Além disso, especialistas como o linguista britânico David Graddol, consideram que o professor de inglês ideal é aquele que fala o idioma do aluno – confira a entrevista com as razões aqui.
1 comentário